Celebração do dia da Beata Anuarite 01-12-2012
A vida da Beata Anuarite
Anuarite Nengapeta era a quarta das seis filhas de Amisi e Isude. A
família de pagãos africanos da etnia Wadubu vivia na periferia de Wamba, no
Congo. Ela nasceu no dia 29 de dezembro de 1939, como depois comprovou a Santa
Sé. Ao ser batizada em 1943, acrescentaram-lhe o nome Afonsina. Na ocasião,
também receberam esse sacramento sua mãe e quatro irmãs. A mais velha nunca
acompanhou a doutrina cristã. Seu pai, ao contrário, até começou a preparar-se
para a conversão. Mas depois desistiu, pois formou outra família, enquanto
trabalhava como soldado do exército congolês.
A nova situação familiar refletiu pouco na formação de Anuarite, que
teve uma infância e adolescência consideradas normais. Era vivaz e caridosa, de
personalidade marcante e temperamento amistoso e generoso. O nervosismo, porém,
era o ponto fraco do seu caráter. Era muito sensível e instável, talvez por
causa da separação de seus pais. Gostava de frequentar a igreja, ia à missa aos
domingos, com a mãe e as irmãs. Em seguida, ficava estudando o catecismo para
poder receber a primeira comunhão, que ocorreu em 1948.Iniciou os seus estudos e diplomou-se junto ao colégio das Irmãs do
Menino Jesus de Nivelles, missionárias na África. Em 1957, decidiu ingressar na
Congregação da Sagrada Família. Foi aceita e, durante o noviciado, teve como
orientador espiritual o bispo de Wamba. Em 1959, diplomou-se professora, vestiu
o hábito e emitiu os votos definitivos, tomando o nome de Maria Clementina. Desde
então se dedicava e empenhava muito às funções destinadas: foi sacristã,
auxiliar de cozinheira e professora de uma escola primária. Devota extremada de
Maria e de Jesus, vivia feliz por ter-se consagrado ao seu serviço.
O Congo da época era governado pelos brancos. Em 1960, havia uma grande
campanha contra esse domínio europeu. Fervilhava o ódio racial e não durou
muito para traduzirem-se em barbárie os ideais políticos. A revolução dos
Simbas explodiu no ano seguinte, iniciando um violento massacre para eliminar
todos os europeus, seus amigos e colaboradores negros.
No Convento de Bafwabaka, tudo era calmo até 1964. Em agosto daquele
ano, os rebeldes já tinham ocupado grande parte do país. A cada dia avançavam
mais, saqueando e matando milhares de civis congoleses indefesos. Mais de cento
e cinqüenta missionários, entre sacerdotes, religiosos e irmãos já haviam
morrido também.Os rebeldes chegaram ao convento em 29 de novembro e levaram as trinta e
seis integrantes da Sagrada Família, entre elas irmã Maria Clementina Anuarite,
de caminhão, para Isiro. Na noite do dia 1º de dezembro de 1964, o
coronel Olombe tentou seduzi-la. Mas como ela se recusou a satisfazer seus
desejos carnais, ele a esbofeteou e golpeou com a coronha do fuzil, depois
disparou, matando-a. Antes, porém, ela o perdoou e clamou ao Pai para que o
perdoasse.
O papa João Paulo II, durante sua viagem ao Congo em 1985, beatificou
Maria Clementina Anuarite Nengapeta. Tornou-se a primeira mulher
"banto" a ser elevada aos altares da Igreja Católica, cuja festa deve
ser no dia de sua morte. Na solenidade de beatificação, o sumo pontífice
definiu Anuarite como modelo de fidelidade para todos os católicos do mundo.
Depois, enalteceu sua castidade, e a igualou a Santa Inês, mártir do início da
cristandade, dizendo: "Anuarite é a Inês do continente africano".
Mano Mukassa Surica(Coordenador geral do Movimento KA) a esquerda, Mano Mukassa Santos a direita.
Comemoração do dia da anuarite na Paróquia da Sagrada Família, Os clãs reuniram-se para festejar mais um ano da sua Padroeira Beata Anuarite.
KAs do clã Cristo Rei da paz preparando-se para animar a missa...
Momentos de Animação depois da missa
Ka é alegria é paz é amor!!
Mano Mukassa Euclides e Mano Lwanga Idalésio
O movimento Kizito anuarite celebrou mais um ano da morte da sua padroeira, na qual estiveram presentes muitos clãs da província de luanda, a festa e a missa estão descritas com algumas imagens acima.
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